Na zona muito estreita, denominada "intersecção T", os jovens terão de se esgueirar. "A passagem, muito estreita, sobe e desce" e exige contorção, explicou em 2 de julho Narongsak Osottanakorn, chefe da célula da crise.
Esta zona está a 1,7 quilómetros de distância do local onde o grupo foi encontrado. Uma vez ultrapassada esta zona, o grupo estará a menos de um quilómetro da terceira câmara, onde os socorristas instalaram a base.
A partir desta terceira câmara o grupo ainda terá de percorrer cerca de dois de quilómetros, mas o perigo estará ultrapassado. No total o grupo terá de percorrer mais de quatro quilómetros, incluindo porções inundadas e estreitas.
O nível exato da água é a grande incógnita. Os socorristas adiaram ao máximo o momento da retirada, o tempo de retirar água, para ter um mínimo de porções submarinas para percorrer a mergulhar.
Até agora, eram necessárias 11 horas a um mergulhador para ir e vir ao local onde o grupo está, seis horas para ir e cinco horas para regressar graças à corrente.
As autoridades anunciaram a partida dos mergulhadores encarregados de trazer o grupo às 10:00 locais, 04:00 em Lisboa. A saída da primeira criança está prevista para "cerca das 21:00 locais, 15:00 em Lisboa, ou seja 11 horas mais tarde.
Mergulhar na água turva, "como café com leite" segundo a expressão de um mergulhador, é outro sério desafio, Os mergulhadores instalaram uma corda ao longo do percurso para se poderem guiar.
A maioria das crianças, com idade entre 11 e 16 anos, não sabe nadar e nenhum mergulhou alguma vez.
Os médicos que assistem as crianças e o adulto há dias consideraram-nos, no entanto, aptos para tentar a saída.
Além da forma física, a preparação psicológica das crianças e do adulto é considerada crucial.
"Eles estão informados sobre a operação e estão prontos para ser retirados e enfrentar todos os desafios", assegurou hoje o chefe da célula, Narongsak Osottanakorn.
Mas voltar a mergulhar na água turva que os forçou a fugir para mais e mais fundo da gruta, até os isolar num rochedo, não vai ser fácil.
E as crianças são mais propensas ao pânico, mesmo que até agora o grupo tenha parecido resistente mentalmente.
"Uma única situação de pânico individual, em caso de problema com o sistema de respiração de mergulho ou outra qualquer que seja, e isso terá um enorme impacto sobre todos os outros, adverte Andrew Watson, especialista em socorrismo britânico, citado pela AFP.
Os socorristas precisaram hoje que os membros do grupo vão sair "um por um", para evitar uma eventual situação de pânico coletivo e advertiram que os últimos poderão só sair dentro de dois ou três dias, uma espera difícil de gerir psicologicamente para as crianças.
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