“Com firmeza e unidade, a sociedade civil e os fatores políticos da alternativa democrática ratificam o compromisso de fazer cumprir o mandato cidadão expresso na consulta popular (de dezembro de 2020), exigir condições para realizar eleições presidenciais e parlamentares na Venezuela”, disse Guaidó.
A convocatória foi feita durante uma conferência de imprensa com jornalistas internacionais em Los Palos Grandes, Caracas, cujo ponto central foi a reativação da agenda de participação cidadã opositora.
“Aqui estamos firmes pela Venezuela, em conjunto com todos os fatores da sociedade civil, porque não vão ser as ameaças da ditadura que nos deterão. Pelo contrário, sabemos os riscos que enfrentamos”, disse.
Guaidó insistiu que “a agenda da ditadura é dividir, perseguir, intimidar e impedir a unidade da alternativa democrática e bloquear a ajuda humanitária” e que a oposição quer “eleições presidenciais e parlamentares justas, livres e verificáveis”.
O líder oposicionista salientou ser fundamental conjugar a pressão nacional e internacional para que a oposição consiga os seus objetivos e agradeceu o apoio manifestado pelo Grupo de Contacto Internacional, Parlamento Europeu, União Europeia e governos democráticos “para conseguir uma transição, para que a Venezuela tenha eleições livres”.
A crise política, económica e social profunda na Venezuela agravou-se a partir 23 de janeiro de 2019, quando o então recém eleito presidente da Assembleia Nacional (parlamento), Juan Guaidó, jurou assumir publicamente as funções de Presidente interino até afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres no país.
Entre 7 e 12 de dezembro de 2020, a oposição realizou uma consulta popular, na qual, segundo os organizadores, participaram 6.471.428 venezuelanos, para decidir se o parlamento presidido por Juan Guaidó continuaria em funções ao terminar o mandato constitucional, o que aconteceu no passado dia 05 de janeiro.
A consulta, segundo a oposição, serviu para mostrar apoio aos mecanismos de pressão para a realização de eleições presidenciais e parlamentares livres, justas e verificáveis, além de manifestar apoio às gestões que permitam “o resgate da democracia” e fazer face à crise humanitária no país.
A iniciativa visou ainda condenar as eleições parlamentares de 06 de dezembro de 2020, em que o regime recuperou a maioria parlamentar, por considerar que eram “uma fraude, mas nas quais a oposição ao regime recusou participar por falta de condições.
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