Os georgianos votam sábado numas eleições legislativas marcadas pela união inédita da oposição contra o partido no poder, dirigido pelo homem mais rico do país, o antigo primeiro-ministro Bidzina Ivanichvili, cujo grande rival é o ex-Presidente no exílio Mikheil Saakashvili, do Movimento Nacional Unido (MNU).

Este ano, o partido de Saakashvili conseguiu reunir vários grupos da oposição para afrontar o partido Sonho Georgiano, de Ivanichvili, no poder desde 2012, e que tem sido acusado de repressão a opositores e de corrupção.

Hoje, os apoiantes da Saakashvili preencheram a praça central da capital, dominada por uma estátua gigante de São Jorge, o santo padroeiro da Geórgia.

Dirigindo-se à multidão através de videoconferência a partir da Ucrânia, onde está exilado, o líder da oposição prometeu a vitória “da liberdade frente à opressão” e da “prosperidade sobre a pobreza”.

Saakashvili foi obrigado a abandonar o país após deixar a Presidência em 2013, ameaçado de ser processado por abuso de poder.

Atualmente, vive na Ucrânia, onde é conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, mas o MNU já prometeu que será nomeado primeiro-ministro em caso de vitória da oposição.

O partido Sonho Georgiano chegou ao poder numa altura em que Saakashvili, considerado o homem que modernizou o país, foi criticado por alegados abusos de poder.

No entanto, ao longo dos anos, o partido no poder na Geórgia viu a sua popularidade diminuir face às dificuldades económicas e aos atentados às conquistas democráticas.

Ambos os partidos afirmam estar convencidos da vitória numa votação rodeada de grande incerteza.

Segundo o comentador político georgiano Gia Nodia, citado pela agência noticiosa France-Press (AFP), a oposição conta com uma curta vantagem, mas o Sonho Georgiano pode mobilizar os “recursos financeiros e administrativos” para derrotar os adversários.

A Geórgia, um pequeno país montanhoso de cerca de quatro milhões de habitantes, é um raro exemplo democrático entre as antigas repúblicas soviéticas, mas é frequentemente abalado por manifestações antigovernamentais.

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