Na primeira volta, que decorreu entre quarta-feira e sexta-feira, o atual bastonário, Guilherme Figueiredo, e Menezes Leitão, presidente do Conselho Superior, conseguiram o maior número de votos, mas nenhum atingiu os 50% mais um dos votos, o que obriga a uma segunda volta que vai decorrer entre 11 e 13 de dezembro.

A lista Q, de Guilherme Figueiredo, conseguiu venceu a primeira volta com 6.121 votos a nível nacional para bastonário e Conselho Geral da OA, correspondendo a 25,37%, enquanto a lista Z, de Menezes Leitão chegou aos 4.677 votos, o que equivale a 19,38%.

A lista N, de António Jaime Martins, atual presidente do Conselho Regional de Lisboa, recebeu 4.264 votos (17,67%), enquanto a lista D, de Varela de Matos, que já tinha concorrido nas anteriores eleições, atingiu os 2.221 votos (9,2%).

Já a lista L, de Ana Luísa Lourenço, ficou nos 1.735 votos (7,1%), enquanto a lista R, de Isabel da Silva Mendes, chegou aos 1.081 (4,4%).

Nestas eleições para bastonário e Conselho Geral votaram 24.126 advogados, registando-se 3.595 votos em branco e 432 invalidaram o voto.

Três dias de votação e a novidade do voto eletrónico

A votação que decorreu ao longo de três dias teve como novidade a introdução do voto eletrónico.

Além das eleições para bastonário e Conselho Geral da OA, os advogados escolheram os próximos titulares do Conselho Superior, Conselho Fiscal, Conselho de Deontologia e os conselhos regionais do Porto, Coimbra, Lisboa, Évora, Faro, Açores e Madeira, Direção e Conselho de Fiscalização da Caixa de Previdência de Advogados e Solicitadores (CPAS).

Para o Conselho Superior venceu Paula Lourenço, no Conselho Fiscal Jorge Bacelar de Gouveia e na CPAS Carlos Pinto de Abreu.

Nos Conselhos Regionais ganhou em Lisboa João Massano, no Porto Paulo Pimenta, em Coimbra António Sá Gonçalves, em Évora Tiago Falcão e Silva, em Faro Cristina Seruca Salgado, na Madeira Paula Margarido e nos Açores Rosa Ponte.

Era "quase impossível" evitar uma segunda volta

Guilherme Figueiredo disse à agência Lusa que estava satisfeito com a vitória na primeira volta das eleições e que acredita que vai ser reeleito para o cargo.

“Com seis candidaturas já se sabia que seria quase impossível evitar uma segunda volta, faltava só saber quem seria. Estou confiante que vou ser reeleito, tenho todas as condições para isso e agora é continuar com o trabalho”, afirmou.

O atual bastonário deixou elogios à votação eletrónica, referindo que foi um êxito.

“O voto eletrónico foi uma vitória, permitindo facilidade em votar. Estou muito contente por termos proporcionado que todos os advogados pudessem votar”, frisou.

Guilherme Figueiredo explicou que não espera que as restantes listas que não vão à segunda volta apoiem a candidatura de Menezes Leitão, frisando que o processo eleitoral é “diferente de outras eleições”.

“Tem a ver com os interesses da advocacia ou o conhecimento que se tem das pessoas. Por estarem em outras listas, não significa que vão apoiar a lista da oposição”, defendeu.

"Estamos satisfeitos com os resultados, somos a única oposição agora"

Já Menezes Leitão disse à Lusa que está confiante que vai sair vitorioso na segunda volta das eleições, explicando que a OA “necessita de uma mudança”.

“O atual bastonário apenas teve um quarto dos votos, o que é significativo, e nós vamo-nos bater para sairmos vitoriosos. Estamos satisfeitos com os resultados, somos a única oposição agora e é necessário mudar a AO, assim não pode continuar”, disse.

O candidato a bastonário espera obter o apoio das restantes quatro candidaturas que não vão estar na segunda volta.

“Existiu uma divisão muito grande, com cinco listas da oposição. Contamos com o apoio dos quatro candidatos, sendo eles também da oposição”, defendeu.

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