A OE adianta em comunicado que enviou um ofício à Procuradoria-Geral da República “na sequência das várias participações” que recebeu e “após as várias notícias vindas a público que dão conta de situações suspeitas na vacinação contra a covid-19, em particular autarcas e agora a situação no INEM denunciada pelos jornais”.
A Ordem dos Enfermeiros questiona “se o Ministério Público tem conhecimento destes casos e se existe algum inquérito em curso”.
Sublinha ainda que “não cabe à OE pronunciar-se sobre o que é ou não é crime, mas desde já se reserva ao direito de, sendo caso, vir a constituir-se assistente” no processo.
“Nos últimos dias, chegaram à OE relatos de profissionais de saúde que não estão incluídos nas listas de vacinação prioritária, de planos de administração da vacina com a inclusão de enfermeiros como supletivos, de não profissionais de saúde suspeitos de definirem pessoas ou grupos de pessoas a quem tem sido dado tratamento prioritário e ainda de pessoas não incluídas em qualquer grupo prioritário a quem já foi administrada a referida vacina”, revela no comunicado.
A Ordem alerta que “é incontornável o risco a que estão expostos os enfermeiros, que, diariamente, lidam com utentes que são ou podem ser transmissores, colocando em risco a sua própria saúde e a segurança dos cuidados prestados a outros”.
“Os profissionais de saúde foram, e bem, incluídos na primeira fase de vacinação, como grupo prioritário, mas é também hoje um facto indesmentível que ainda há muitos profissionais de saúde por vacinar”, lamenta.
Segundo dados divulgados hoje pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, foram já atribuídas 249.337 primeiras doses e 53.652 segundas doses de vacinas até às 13:00 de hoje.
“Este processo não é secreto e traduz um grande envolvimento que tem como prioridade clara os profissionais de saúde, dos quais 71.600 já foram vacinados. As pessoas que estão nos lares e seus profissionais foram vacinados na ordem dos 165 mil”, referiu Eduardo Cabrita no parlamento, antes de ter sido aprovado por larga maioria o pedido de autorização de renovação do Estado de Emergência até 14 de fevereiro, para permitir medidas de contenção da covid-19.
“Este processo não é secreto e traduz um grande envolvimento que tem como prioridade clara os profissionais de saúde, dos quais 71.600 já foram vacinados. As pessoas que estão nos lares e seus profissionais foram vacinados na ordem dos 165 mil”, referiu o membro do Governo.
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