“A decisão do Governo é uma decisão positiva em avançar com o projeto, mas é uma decisão que tem de ter consequências rápidas naquilo que é a passagem das crianças para dentro do hospital”, afirmou Miguel Guimarães.

Na sua opinião, qualquer decisão que o Governo tenha tomado relativamente a que possam ser feitas obras fundamentais para colocar “rapidamente” na unidade hospitalar as crianças em tratamento é “positiva”.

Hoje, em conferência de imprensa, o presidente da administração do hospital adiantou estar a “auscultar os serviços jurídicos” sobre a possibilidade de poder aproveitar o projeto existente para a construção do Centro Pediátrico.

Apesar de considerar o projeto que tem já dez anos “obsoleto”, António Oliveira e Silva disse que lhe “facilitava a vida” poder trabalhar “em cima do projeto” que já existe, porque há estruturas e infraestruturas que vão ser comuns.

Questionado sobre qual a solução mais adequada, se recuperar o projeto antigo ou fazer um novo, o bastonário foi perentório em afirmar que o mais indicado é que “as obras que são necessárias sejam feitas rapidamente”.

“Com projeto anterior ou novo, o ideal é que as coisas andem para a frente. Não conheço o projeto antigo, mas sei que tem muitos anos, e pode não estar exatamente adequado às necessidades atuais, sendo importante fazer uma reavaliação rápida do que existe e do que está em cima da mesa e, depois, avançar”, referiu.

Miguel Guimarães salientou que o projeto tem de andar “rapidamente para a frente” porque se demorar um ano ou dois as crianças continuam em contentores, o que “é péssimo”.

O Governo autorizou na quarta-feira a administração do Centro Hospitalar Universitário de São João a lançar o concurso para a conceção e construção das novas instalações do Centro Pediátrico.

A autorização foi concedida através de despacho assinado pelos ministros das Finanças, Mário Centeno, e da Saúde, Adalberto Fernandes, publicado no Diário da República.

Há dez anos que o hospital tem um projeto para construir uma nova ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.

Em junho, o presidente do Centro Hospitalar afirmou que o problema do centro ambulatório pediátrico, que inclui o hospital de dia da pediatria oncológica, ficou resolvido, mas “continuam a faltar as instalações do internamento pediátrico”.