Em comunicado publicado hoje e divulgado na página oficial, a OMS sublinha que o largo período de incubação da bactéria “listaria” — cerca de 70 dias — e a popularidade da carne em que o surto teve origem, “servida em muitos restaurantes”, fazem temer que se declarem novos casos , apesar da redução verificada nas últimas semanas.
Assinala também que, devido ao elevado número de turistas que viajam para Espanha e para a comunidade autónoma andaluza, onde se registaram os primeiros casos, poderá haver mais viajantes expostos aos produtos contaminados, embora estimando que o risco é baixo, dado que muitos foram retirados do mercado e nenhum foi exportado.
A OMS mantém a recomendação de não aplicar restrições aos viajantes que visitam zonas afetadas pelo surto, como já aconselhou em comunicações anteriores sobre o caso.
No entanto, recorda que as pessoas de grupos de risco (como grávidas, crianças e idosos) que mostrem sintomas e tenham visitado Espanha, devem ir imediatamente ao médico e informá-lo sobre a viagem.
Os sintomas incluem diarreia, febre, dores de cabeça e musculares, que tratados a tempo na maioria dos pacientes não se revestem de gravidade, embora em alguns pacientes de grupos de risco possam degenerar numa listeriose invasiva mais perigosa, com taxas de mortalidade entre 20% e 30%, segundo a OMS.
A organização contabilizou 222 casos de listeriose em Espanha, entre 07 de julho e 13 de setembro, a maioria dos quais na Andaluzia (219), enquanto três pessoas idosas morreram da doença e seis mulheres sofreram abortos.
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