Mais de 25 mil pessoas já participaram, desde 2012, quando o Hyowon Healing Center abriu, nestes “funerais vivos”, que consistem em deixar as pessoas cerca de 10 minutos fechadas dentro de um caixão com o retrato fúnebre sobre o peito.

“Uma vez que nos tornamos conscientes da morte, assim que a experienciamos, assumimos uma nova abordagem à vida”, conta à Reuters Cho Jae-hee, de 75 anos, que participou numas destas sessões.

Desde que a Reuters fez a reportagem sobre o tema que as fotografias têm sido disseminadas pelas redes sociais.

Em 2016, a taxa de suicídio na Coreia do Sul era de cerca de 20 por cada 100 mil residentes, praticamente o dobro da média mundial, de mais 10 por cada 100 mil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

Jeong Yong-mun, à frente do centro que organiza estes funerais, sublinha: “Não temos a eternidade. É por isso que esta experiência é tão importante - podes pedir desculpa e reconciliar-te e viver uma vida em descanso e felicidade”.

Por vezes, diz Jeong, estes eventos chegam a dissuadir pessoas que têm pensamentos suicidas. O responsável convidou para as sessões "pessoas que em algum momento se perguntaram se deveriam cometer suicídio" e que, segundo Jeong Yong-mun acabaram por mudar de ideias.