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Esta quarta-feira, na Fundação José Saramago foram lidas e escutadas cerca de duas dezenas de passagens de "O Nosso Reino", livro de Valter Hugo Mãe, por várias pessoas de vários quadrantes da sociedade, além do autor e de escritores, atores, professores e também alunos do ensino secundário.
“Acho até glorioso que continuem os livros a ser convidados para a censura, porque isso vem comprovar uma coisa em que acredito piamente, que os livros podem efetivamente influir no mundo” foram as palavras Valter Hugo Mãe, autor de “O Nosso Reino”, livro recentemente criticado por pais que discordam com a inclusão do livro no Plano Nacional de Leitura do Ensino Secundário. Valter Hugo Mãe falava na sessão de leitura do seu livro promovida ontem pela Fundação Saramago intitulada “Para não o perceber basta não ler”.
É a história de um “pobre Benjamin que não faz mais nada a não ser, ser triste. Afinal esta história parece ser perversa ou obscena e isso não tem que ver com a história porque para não perceber basta não ler”, afirmou Valter Hugo Mãe.
Entre os convidados estiveram outros escritores, como Patrícia Reis, as estudantes Ana Ventura e Joana Farinha, do 11º ano, a diretora da Casa Fernando Pessoa, Clara Riso, o escritor e jurista Laborinho Lúcio e o realizador Miguel Gonçalves Mendes.
Patrícia Reis: "Naquele tempo, as fomes das pessoas eram grandes e tudo o que se trabalhava dava pouco dinheiro"
Rui Vieira Nery: "O senhor Francisco, de chapéu na mão, a corar de embaraço, mas a falar de coragem"
O SAPO24 acompanhou a sessão de leitura e iremos publicar nos próximos dias os vários excertos para que os nossos leitores possam também inteirar-se e tirar as suas conclusões sobre o livro, incluindo, naturalmente, as passagens que levantaram maior polémica.
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