Espanha

O Ministério da Saúde espanhol comunicou hoje que há 108 novos casos de pessoas infetadas com a covid-19 e uma morte provocada pela doença nas últimas 24 horas.

Os serviços sanitários espanhóis atualizaram para 246.752 o total de pessoas infetados desde o início da pandemia, dos quais 108 novos casos confirmados hoje.

Por outro lado, já morreram 28.325 pessoas com a pandemia, mais uma do que o total de segunda-feira, havendo 14 óbitos notificados na última semana.

O relatório diário com a atualização da situação epidemiológico no país avança que já passaram pelos hospitais 124.925 pessoas com covid-19, tendo dado entrada na última semana 151.

O Governo espanhol pediu hoje prudência para evitar novos surtos de covid-19 e advertiu que, se for necessário, o executivo poderá voltar a decretar o estado de emergência para impedir a mobilidade dos cidadãos.

"Se chegar um momento em que tenhamos uma situação grave, o Governo pode perfeitamente decretar o estado de emergência numa parte do território, ou na sua totalidade", avisou a primeira vice-presidente do Governo espanhol, Carmen Calvo, numa entrevista a um canal de televisão.

Segundo esta responsável, hoje havia no país mais de 30 surtos ativos da pandemia de covid-19 em Espanha, dos quais 12 eram considerados controlados, não sendo, em princípio, necessário tomar quaisquer medidas para além das sanitárias e, em alguns casos, tomar medidas de contenção equivalentes a regressar a uma fases anterior de confinamento.

Isto foi o que aconteceu na segunda-feira em três concelhos da província espanhola de Huesca (Aragão), e em mais um hoje, que retrocederam para a "fase dois" do desconfinamento, após ser detetado um surto de covid-19 no meio agrícola.

Carmen Calvo assegurou que a situação está dentro do “previsível” e insistiu na necessidade de reagir rapidamente a eventuais sintomas da doença, comunicando-os de imediato, para que possa haver uma resposta eficaz.

Itália

A Itália registou 18 mortes e 122 novos contágios de coronavírus nas últimas 24 horas, o menor aumento desde o começo da crise, segundo dados divulgados hoje pela Proteção Civil italiana.

O total de pessoas infetadas é de 238.8333 desde que se confirmou o primeiro caso, a 21 de fevereiro, das quais 34.675 morreram.
O aumento de 18 mortos é o menor desde 01 de março, quando a pandemia começou a descontrolar-se em Itália e os 122 novos contágios são também o valor mais baixo de toda a crise sanitária no país.

Verificou-se ainda uma descida significativa de pacientes com covid-19 em Itália, agora com 19.573 atualmente infetados, sendo que 90% dos quais estão isolados em casa, com sintomas leves ou sem sintomas.

Ao mesmo tempo, o número de hospitalizados continua a descer, 1.853 pessoas estão internadas, 115 em unidades de cuidado intensivo, menos 12 do que na segunda-feira, o que reduz a pressão nos hospitais.

Reino Unido

O Reino Unido registou 171 mortes nas últimas 24 horas, elevando para 42.927 o total acumulado durante a pandemia da covid-19, informou hoje o ministério da Saúde britânico.

Foram diagnosticados 874 novos infetados em 237.142 testes efetuados, pelo que o número de casos de contágio aumentou para 306.210 desde o início da pandemia.

Na segunda-feira, o balanço tinha sido de mais 15 mortes e 958 novos infetados relativamente à véspera, mas os valores durante o fim de semana são regularmente afetados pela demora no processo administrativo do registo dos óbitos.

De acordo com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a média semanal de óbitos caiu de um pico de 943 a 14 de abril para 130 na segunda-feira, o que permite ao governo levantar mais restrições, com a reabertura de restaurantes, bares e cabeleireiros a partir de 04 de julho.

Crucial para esta decisão é a redução da regra de distanciamento social de dois metros para “um metro ou mais” nestes locais, que terão de adotar outras medidas, como o uso de painéis protetores, gel desinfetante e redução da capacidade.

Hotéis e outro tipo de alojamento turístico, ginásios e parques infantis ao ar livre, cinemas, museus, galerias, parques temáticos, bibliotecas, salas de jogos e locais de culto também vão poder abrir.

Mas espaços que exigem muita proximidade vão continuar fechados, como discotecas, ginásios em espaços fechados, piscinas, parques aquáticos, ‘spas’ e salas de bowling.

O plano afeta apenas Inglaterra, já que Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia sobre as regras do confinamento nos respetivos territórios e adotaram calendários e medidas diferentes.

“Como já vimos em outros países, vão existir surtos para os quais serão necessárias medidas locais e não hesitaremos em aplicar os travões e reintroduzir restrições mesmo em nível nacional se for necessário”, alertou Johnson, durante uma declaração no parlamento britânico.

De acordo com números publicados hoje pelo instituto de estatísticas britânico ONS relativamente a Inglaterra e País de Gales, juntamente com dados da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, o número de casos confirmados e suspeitos de mortes por covid-19 já chegou a 54 mil.

Este valor é mais alto do que o balanço diário do governo porque usa como fonte as certidões de óbito, que podem levar algumas semanas para serem emitidas e que incluem os casos suspeitos e não apenas os casos confirmados por teste.

O excesso de mortalidade, que inclui todas as mortes resultantes indiretamente da pandemia e compara o valor com a média dos últimos cinco anos, ultrapassou os 64 mil óbitos durante o período da pandemia covid-19.

Este é considerado o melhor indicador do impacto do vírus, pois fornece uma visão ao longo de períodos históricos e inclui a mortalidade por todas as causas, incluindo aquelas que possam ser uma  consequência da crise, como a falta de assistência médica.