Randall Margraves, pai de três vítimas do ex-médico, pediu ao juiz "cinco minutos" em privado com Nassar, que chamou de "demónio", na sequência dos depoimentos de duas das filhas. O juiz negou, apesar da insistência do pai.

O homem precipitou-se então na direção de Nassar, mas foi detido pelos agentes policiais presentes no julgamento, em Charlotte, no Michigan, antes de conseguir chegar perto do réu.

Enquanto pai e filhas choravam, Nassar foi escoltado para fora do plenário. A procuradora geral adjunta Angela Povilaitis, pediu aos presentes para que situações como estas, que prejudicam as vítimas, não se repetissem e que usassem palavras, não violência.

Na quarta-feira, Nassar viu aumentado para 265 o número de mulheres que o acusam de abusos sexuais, depois de já ter sido condenado a uma pena de prisão entre 40 e 175 anos, em 24 de janeiro, pelo mesmo motivo.

Vários nomes de topo dos Estados Unidos, entre as quais a quádrupla campeã olímpica de ginástica Simone Biles, vieram a público denunciar terem sido vítimas de abusos sexuais por parte de Larry Nassar

Nassar, de 54 anos, que, em dezembro de 2017, foi condenado a 60 anos de prisão por posse de pornografia infantil, declarou-se culpado das agressões sexuais de que é acusado.

Durante a sessão em que foi proferida a sentença, Nassar confessou ter ficado “abalado” com os relatos das vítimas, e disse que “não há palavras” para descrever o quão arrependido está pelos crimes cometidos.

“Vou levar as vossas palavras comigo para o resto dos meus dias”, acrescentou.

[Notícia corrigida às 16h53. Corrige informação sobre o pai das vítimas]