São crianças entre os 09 e os 11 anos que estudam em Aveiro, sendo o transporte escolar assegurado por via marítima pelo “ferryboat”, da AveiroBus, do grupo Transdev, até ao Forte da Barra, e seguidamente por autocarro, do novo operador regional de transportes Busway, até a Aveiro.

Em mail enviado à Lusa os pais, que hoje se reúnem na Junta de Freguesia de São jacinto, relatam que, na segunda-feira as crianças “ficaram esquecidas à porta da escola” porque “o autocarro das 14:03 não apareceu” e, após terem contactado a Câmara de Aveiro, a Busway enviou outro autocarro, mas quando chegou ao Forte da Barra o ferry das 14:35 já tinha partido.

“As nossas crianças ficaram sozinhas no Forte da Barra, abandonadas, até que uma hora depois a tripulação do ferryboat teve autorização para ir propositadamente buscá-los ao Forte, porque o ferry seguinte é às 16:50”, relatam.

Esclarecem também que para os alunos que saem da escola às 13:30, se o autocarro não os for buscar as 14:03 o horário do autocarro seguinte é só às 18h08 e questionam: “de quem será a responsabilidade em caso de acontecer alguma coisa com estes menores?”.

Os pais reportam que “desde o início do ano letivo os problemas com os transportes terrestres (autocarros) começaram e são consequentemente repetitivos”.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, reconhece estarem a ocorrer “erros e problemas”, mas salienta que o novo operador, que veio substituir a ligação de autocarro da Transdev, só começou a operar com os transportes escolares a 18 de setembro.

“Foi feita a desativação da chamada linha 13 da Aveiro Bus porque a maioria esmagadora dos autocarros andavam vazios e tínhamos definido ao lançar o caderno de encargos que chegava uma linha”.

O autarca salienta que a linha 36 da Busway “corresponde à linha antiga da Transdev, com um conjunto de alterações, nomeadamente uma muito importante, que é a linha que leva no início da manhã os estudantes do Forte da Barra para as escolas em Aveiro e agora não para em lado nenhum”.

Ribau Esteves diz estar a ser vivida uma fase de adaptação inicial e refere que está a ser feito “um trabalho permanentemente para que os erros sejam corrigidos e não sejam repetidos”.

“É esse caminho de evolução da linha 36 que temos de melhorar, com melhor prestação da Busway para que se atrase menos, e maior tolerância do ferryboat da Aveiro Bus, o que está neste momento a ser afinado”, conclui.