As áreas a serem evacuadas são as mais baixas ao longo do rio, como é o caso da cidade de Arcen, que vai ficar completamente vazia porque toda a população será retirada.

Um hospital de Venlo também está a ser evacuado, incluindo os 200 pacientes que estão nas urgências, dos quais 40 encontram-se debilitados, e todos os pacientes vão ser transferidos para outros hospitais da região.

IJsbrand Schouten, da direção do hospital, frisou que a possibilidade de desabamento do centro hospitalar é “relativamente baixa”, mas destacou ser “um risco que não pode ser corrido” e destacou que todo o hospital deve ser totalmente evacuado antes das 03:00 locais (02:00 em Lisboa), horário em que o Meuse deve atingir o pico.

Por outro lado, o dique de Meerssen, cidade próxima à fronteira holandesa com a Bélgica, está a ser reforçado pelo Exército com sacos de areia, depois de parte da estrutura ter desabado esta manhã, mas a água continua a entrar pela rutura, ameaçando cidades próximas.

As corporações de bombeiros de 13 regiões de segurança mudaram-se para Limburg para ajudar os colegas, fornecendo bombas de água e máquinas para levar sacos de areia, enquanto as diferentes entidades de água enviam inspetores para os diques da província.

Em mensagem de alerta na rede social Twitter, o comité de segurança de Limburgo garantiu também que o alto nível de água do rio Meuse, a passagem por Roermond e Venlo — no norte da província — é esperada mais cedo do que o previsto, entre a tarde de hoje e a manhã de sábado.

Além disso, os habitantes de várias aldeias foram incentivados a deixarem as casas o mais rápido possível à procura de porto seguro, “o mais tardar, antes do pôr do sol”, porque essas populações podem ficar inacessíveis aos serviços de emergência se o nível do rio aumentar.

“Se decidir ficar em casa, está por sua própria conta e risco”, alertou a presidente da Câmara de Bergen, Manon Pelzer.

Na Europa, o balanço do mau tempo provocou até agora pelo menos 126 mortos, a maioria dos quais na Alemanha, onde muitas pessoas continuam desaparecidas, fazendo temer uma tragédia ainda mais grave.

Trata-se da pior catástrofe natural em território alemão desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Além da Bélgica e da Alemanha, as chuvas diluvianas e as consequentes cheias causaram graves danos materiais na Holanda, no Luxemburgo e na Suíça.