“Nós temos aqui uma série de situações que ainda nos preocupam, com especial atenção a questão do incêndio na Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, um incêndio que mobiliza 199 veículos e 638 operacionais”, disse o comandante Miguel Oliveira.
Há ainda “também o incêndio em Vila Cova à Coelheira, no concelho de Vila Nova de Paiva, distrito de Viseu, que também mobiliza 43 veículos, 132 operacionais”, acrescentou.
“Estes são os dois grandes incêndios” que “neste momento nos preocupam, sendo que o incêndio de Mortágua já está dominado”.
Como a Lusa noticiou, o incêndio que começou no sábado em Mortágua, distrito de Viseu, foi considerado hoje dominado antes das 16:00.
Questionado sobre se as condições atmosféricas durante a noite poderão ajudar no combate aos fogos, o comandante da ANPC disse haver “expectativa” que durante a noite, com “a questão de entrada de alguma humidade e baixa da temperatura”, tal possa “de alguma forma influir positivamente nestas ocorrências”.
Cerca de 1.161 operacionais estavam envolvidos hoje, pelas 20:08, no combate a cinco incêndios considerados importantes pela Autoridade Nacional de Prevenção Civil, nos distritos de Braga, Coimbra, Santarém e Viseu.
No total, contabilizavam-se 360 meios terrestres no combate às chamas e dois meios aéreos, segundo a página eletrónica da ANPC.
Dos incêndios com mais de uma centena de bombeiros, o que começou pelas 23:30 de sexta-feira no concelho de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, continuava a ser a ocorrência mais importante, com a mobilização de 643 operacionais, 195 meios terrestres e um meio aéreo.
Já no concelho de Vila Nova de Paiva, em Viseu, o fogo que começou pelas 15:20 de sábado estava a ser combatido por 126 operacionais, com o apoio de 41 meios terrestres e de um meio aéreo.
No distrito de Braga, concelho de Terras do Bouro, combatiam as chamas 82 operacionais, apoiados por 27 meios terrestres, enquanto em São Pedro do Sul, distrito de Viseu, estavam envolvidos 109 operacionais e 33 meios terrestres.
Já em Santarém, concelho de Ourém, 201 operacionais combatiam um incêndio, apoiados por 64 meios terrestres.
Entre janeiro e setembro deste ano, arderam 215.988 hectares de floresta em Portugal, mais 174% do que a média dos últimos dez anos, segundo dados do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
“O ano de 2017 apresenta, até ao dia 30 de setembro, o 5.º valor mais baixo em número de ocorrências e o valor mais elevado de área ardida desde 2007″, refere o ICNF num relatório divulgado na sexta-feira.
Face às condições meteorológicas adversas, com pouca precipitação e a consequente situação de seca, o Governo prolongou até 15 de outubro o período crítico dos incêndios florestais, que normalmente termina a 30 de setembro.
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