Desde o início da pandemia, que idosos não têm sessões de fisioterapia para recuperar ou manter a sua mobilidade, admite o presidente da associação - ou seja, há cerca de oito meses, que compõe a maior parte do ano.

Adérito Seixas explica ao Jornal de Notícias que contactaram os sócios e a maioria dos fisioterapeutas já voltou aos lares depois da proibição nos primeiros meses da pandemia. Mas, independentemente de terem ou não já visitas, o representante dos fisioterapeutas adianta que já notam consequências evidentes, de uma forma geral.

"Aquilo que temos visto é que a mobilidade tem vindo a reduzir-se significativamente por todas as imposições que se têm verificado. A partir do momento em que se limitam visitas, saídas, etc., podemos pensar que há realmente uma redução da mobilidade e funcionalidade com forte impacto nestas pessoas, algo que os profissionais notam e têm relatado", mesmo naquelas pessoas que fazem fisioterapia.

O presidente da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas diz que os idosos andam mais tristes, menos motivados, mais ansiosos, com mais problemas de saúde mental e com medo da situação que estamos a passar.

"Temos colegas que relatam um aumento do número de quedas nos lares, com consequências que se sabe que são graves, não apenas pela eventual morte mas também pela perda de mobilidade ou o acamar destes idosos", explica Adérito Seixas.