O papa pediu também que se “encontrem soluções” para a “grave crise humanitária, social, política e económica que está a afetar a população” da Venezuela.
Francisco fez estas declarações antes da oração de ‘Regina Coeli’, na praça de São Pedro, em Roma, perante milhares de fiéis a quem afirmou: “Não deixam de chegar notícias dramáticas sobre a situação na Venezuela, com numerosos mortos, feridos e detidos”.
“Enquanto me uno à dor das famílias das vítimas, por quem rezo, faço um cordial apelo ao Governo e a todos os componentes da sociedade venezuelana para que se evitem novas formas de violência”, declarou o papa.
O papa Francisco já se tinha referido no sábado à Venezuela, adiantando que a Santa Sé está disponível para ser facilitadora de uma solução para a crise, mas mediante “condições muito claras”.
Na viagem de regresso a Roma, proveniente do Cairo, Francisco disse aos jornalistas que “tudo o que pode ser feito pela Venezuela deve ser feito, com as necessárias garantias”, falando a propósito da crise económica e social que o país atravessa e da contestação ao Presidente Nicolás Maduro.
O papa não nomeou essas condições, mas o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, antigo núncio apostólico na Venezuela, enumerou-as, como noticiou a agência France Presse: estabelecer um calendário eleitoral, libertar os opositores, permitir a entrada de ajuda estrangeira, na área da saúde, e devolver poderes ao Parlamento.
Na Venezuela, as manifestações a favor e contra o Governo intensificaram-se desde o começo de abril e já causaram pelo menos 28 mortos, 437 feridos e mais de 1.200 detidos.
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