A viagem será ainda um novo passo no diálogo com os ortodoxos e uma atenção às minorias com uma visita a um bairro cigano.
Francisco fará essa visita 20 anos depois de João Paulo II, o primeiro Papa a visitar este país de maioria ortodoxa.
O porta-voz do Vaticano, Alessandro Gisotti, explicou durante a apresentação da viagem que o chamado “ecumenismo do sangue” está novamente presente, a unidade de todos os cristãos através das diferentes perseguições por que passaram.
No final da Segunda Guerra Mundial (1945) um milhão e meio de católicos do rito oriental viveram na Roménia sofrendo uma dura perseguição. Centenas de sacerdotes greco-católicos foram presos e mortos na tentativa de os convencer mudarem-se para a Igreja Ortodoxa.
Mais tarde, o governo comunista declarou a Igreja greco-católica ilegal e confiscou seus edifícios e propriedades, uma questão que ainda está pendente nas relações entre o país e o Vaticano.
Em 19 de março, o Papa reconheceu o martírio sofrido por sete desses bispos, a maioria deles presos em 28 de outubro de 1948. Morreram na prisão devido às duras condições em que viviam e serão agora beatificados no chamado Campo da Liberdade de Blaj no último dia da viagem.
O Papa visitará ainda o bairro de Barbu Lautaru, onde a população é maioritariamente cigana.
O primeiro dia da viagem, depois de reuniões com o presidente e as autoridades do país, será dedicado ao diálogo ecuménico com um encontro com o Sínodo Permanente da Igreja Ortodoxa Romena e com o Patriarca Daniel.
À tarde celebrará uma missa na catedral católica de S. José, onde se espera que cerca de 30 mil pessoas.
Relevante será também a missa no santuário de Sumuleu-Ciuc, sobretudo porque são esperadas mais de 110.000 pessoas, entre as quais muitos húngaros que vivem na Roménia ou que virão para a ocasião.
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