À chegada à sede da Companhia de Jesus, Francisco foi recibido pelo novo superior-geral dos jesuítas e primeiro não-europeu, com quem se reuniu há uns dias no Vaticano.

Em espanhol, na sala da congregação, onde estão reunidos desde 02 de outubro passado, o papa instou os jesuítas a “caminhar juntos – livres e obedientes – indo às periferias onde outros não chegam”.

“Os jesuítas são chamados a ir de um lugar para o outro, estando disponíveis para viver em qualquer parte do mundo onde se espera o maior serviço de Deus e a maior ajuda às almas”, afirmou Francisco, também ele jesuíta.

“Como anteriores papas disseram em várias ocasiões, a Igreja precisa dos jesuítas, conta convosco e continua a confiar em vós, de modo especial, para chegar aos lugares físicos e espirituais a que outros não chegam ou onde lhes é difícil fazê-lo”, lembrou.

Por seu lado, Arturo Sosa explicou que a reunião com o papa “não é só para saudar os congregantes, mas faz parte dos trabalhos da congregação” para os inspirar nas próximas decisões em reflexão nestes últimos dias.

Antes da intervenção, Francisco lembrou o jesuíta holandês Franz van de Lugt, que foi assassinado em Homs, na Síria, a 07 de abril de 2014, ao recusar abandonar a cidade cercada pelas milícias do grupo extremista Estado Islâmico (EI).

O papa foi o primeiro a conhecer a eleição de Arturo Sosa como líder mundial da congregação há dez dias, e na passada quinta-feira recebeu Sosa na Casa de Santa Marta, onde estiveram reunidos mais de uma hora.

A Companhia de Jesus é a maior ordem religiosa católica, com perto de 17 mil membros e está presente em quase todo omundo.

Em Portugal, existem cerca de 160 jesuítas, em 13 comunidades. A Província Portuguesa é representada na Congregação Geral por dois jesuítas: o atual provincial, padre José Frazão Correia, e o padre Miguel Almeida, que acompanha os jesuítas mais novos na segunda etapa da sua formação, em Braga.