“Continuem a estar perto dos que muitas vezes ficam de fora, dos pequenos e dos pobres, dos prisioneiros e dos migrantes”, aconselhou o Papa, que no sábado esteve com 80 migrantes num centro humanitário da Cáritas.
De acordo com a agência francesa AFP, na catedral de Rabat, rodeada por um sistema de segurança impermeável, o papa explicou às pequenas comunidades cristãs que o importante não era ser numeroso, mas ilustrar muito concretamente os ensinamentos da Igreja.
Na conversa com a comunidade cristã, Francisco defendeu que “os caminhos da missão não passam pelo proselitismo, que leva sempre a um beco sem saída”, e apontou que “a Igreja cresce não pelo proselitismo, mas pelo testemunho”.
A insistência do papa na questão do proselitismo, ou seja, a tentativa de convencer alguém a mudar de religião, assume uma importância particular num país onde o proselitismo ativo entre os muçulmanos marroquinos pode implicar uma pena de até três anos de prisão.
Os muçulmanos têm, no entanto, o direito de se converterem a outra religião se essa for a sua própria escolha, o que mostra uma diferença significativa face a outros países, com os Emirados Árabes Unidos, onde a conversão está sujeita a pena de morte, de acordo com a AFP.
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