“Gostava de ir à Ucrânia, mas tenho de esperar pelo momento certo”, respondeu o papa a um menino refugiado, durante uma reunião no pátio de San Damaso, segundo a imprensa local.
Francisco salientou que, neste momento, a situação não é segura e anunciou que, na próxima semana, vai reunir-se com representantes do Governo ucraniano, com quem, entre outras coisas, discutirá a possibilidade de uma viagem ao país em guerra, adiantaram as mesmas fontes.
Tanto o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, como o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, convidaram o papa a visitar o país, uma viagem que Francisco reiterou, em várias ocasiões, estar disposto a fazer como forma de ajudar a acabar com a guerra.
Desde que a guerra começou, em 24 de fevereiro, Francisco fez vários apelos para que o conflito acabasse, mostrou a sua disposição de “fazer tudo o possível” para ajudar a resolver a guerra e enviou vários cardeais para mostrar a sua proximidade com o povo ucraniano.
A Rússia lançou em fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU refere também que mais de 4.100 civis morreram e quase 5.000 ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.
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