“Após o ataque à sua residência, o Papa Francisco instruiu-me de transmitir a sua proximidade, através da oração, a si e à sua família, bem como aos feridos”, escreveu o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, num telegrama a Al-Kazimi, tornado público hoje através de um comunicado do Vaticano.
Condenando o que classificou como um “ato hediondo de terrorismo”, o Papa – que visitou o Iraque em março numa viagem histórica – reza para que “o povo iraquiano receba sabedoria e força para continuar no caminho da paz, através do diálogo e da solidariedade fraterna”, acrescentou Parolin.
A comunidade internacional – incluindo os Estados Unidos, o Irão e o Conselho de Segurança da ONU – condenou o ataque, que não foi reivindicado, num contexto de tensões que aumentaram após as eleições legislativas de outubro.
O ataque teve como alvo a residência do chefe do Executivo iraquiano.
Esta tentativa de assassínio contra o primeiro-ministro iraquiano foi levada a cabo com “três drones, dois dos quais foram abatidos” pelo destacamento de segurança de Mustafa al-Kazimi, disseram duas fontes de segurança.
Os três drones “foram lançados de um local perto da Ponte da República” na margem oriental do rio Tigre, antes de se dirigirem para a Zona Verde na margem ocidental, onde se situa a residência do primeiro-ministro, adiantou uma das fontes.
O próprio primeiro-ministro confirmou imediatamente a seguir, na sua conta do Twitter, que estava bem e apelou à população para permanecer calma.
A Zona Verde, onde a residência do primeiro-ministro foi atacada no domingo de madrugada, é uma área fortificada no centro de Bagdad, que também contém uma série de edifícios governamentais e embaixadas estrangeiras.
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