“Hoje estou muito triste, porque no país onde apareceu Nossa Senhora foi promulgada uma lei para matar. Mais um passo na grande lista dos países que aprovaram a eutanásia”, afirmou o Papa, no Vaticano, citado pela Agência Ecclesia.

De recordar que o parlamento português aprovou ontem o decreto sobre a morte medicamente assistida, que tinha sido vetado pelo presidente da República, com um total de 129 votos a favor.

Votaram a favor a maioria dos deputados das bancadas do PS, IL, BE, e os representantes do PAN e Livre. Quanto à bancada do PSD, sete parlamentares anunciaram o voto favorável (Adão Silva, Maló de Abreu, Rosina Pereira, Hugo Carvalho, Mónica Quintela, Sofia Matos e Catarina Rocha Ferreira), mas o quadro eletrónico dos serviços registou oito.

Este total ultrapassou largamente os 116 votos necessários para a confirmação. Votaram contra o diploma a grande maioria da bancada do PSD, os grupos parlamentares do Chega e do PCP, bem como quatro deputados do PS: João Azevedo, Cristina Sousa, Joaquim Barreto e Sobrinho Teixeira.

O decreto contou ainda com uma abstenção, a do deputado do PSD Jorge Mendes. No total, segundo o quadro dos serviços da Assembleia, estiveram presentes em plenário 211 deputados. Foi a quinta vez que os deputados aprovaram um decreto sobre o tema.

O Presidente da República terá de promulgar o diploma no prazo de oito dias a contar da data da receção. Ontem, no aniversário dos 100 anos da Nestlé, Marcelo Rebelo de Sousa, foi simples e direto na sua reação, afirmando que “a Assembleia confirma, o Presidente promulga. Eu vou promulgar, claro, é o meu dever constitucional”.

Atualizado às 12h05.