O Papa Francisco sempre disse que não se deslocaria à Colômbia até que houvesse uma garantia de paz.
Em novembro, o Governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) assinaram um novo e definitivo acordo de paz (um primeiro acordo foi rejeitado em referendo pelo povo colombiano), pondo fim a 52 anos de guerra civil no país.
Em fevereiro iniciou-se o processo de desmobilização da guerrilha (que tem sofrido alguns percalços, embora menores) e em finais de junho os observadores da ONU comprovaram a entrega das armas por parte das FARC.
Apesar do contexto, o Vaticano reitera que a visita de Francisco à Colômbia não tem conotações políticas.
Logo à chegada, Francisco poderá saudar desde logo o recente acordo de cessar-fogo com o Exército de Libertação Nacional (ELN), outro dos grupos de guerrilha ativos desde há cinco décadas no país.
O momento-chave da visita papal à Colômbia será um grande encontro de oração pela reconciliação nacional, na sexta-feira, na cidade de Villavicencio (capital do Departamento de Meta).
O evento - que se realiza num departamento que albergava alguns dos maiores bastiões da guerrilha - contará com a presença de grupos de vítimas e participantes no conflito armado.
O Vaticano clarificou que o Papa não terá um encontro formal com as FARC, mas que membros da guerrilha - agora desmantelada - poderão marcar presença na oração pública.
O Papa Francisco também poderá aproveitar a passagem por Medellín, no penúltimo dia da sua visita, para fazer uma referência ao problema do "narcotráfico", um dos estigmas da Colômbia.
Em Bogotá, numa missa em que são esperadas 500 mil pessoas, a mensagem do Papa será centrada na “defesa da vida”. A defesa do ambiente e a luta contra a disparidade social e a pobreza também constam das mensagens que o Papa deverá transmitir ao longo da sua 20.ª visita ao estrangeiro.
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