O cardeal Kevin Farrell, que dirige o serviço dos leigos e é também o ‘camerlengo’ que gere o Vaticano entre pontificados, vai dirigir a comissão, integrada também por quatro peritos, do Reino Unido, Alemanha, Noruega e EUA, segundo um comunicado do Vaticano.

Entre outros objetivos, a reforma de Francisco aponta para a criação de uma comissão financeira que garanta “a natureza ética dos investimentos da Santa Sé, segundo a doutrina social da Igreja e ao mesmo tempo a sua rentabilidade e adequação e os seus riscos”.

A criação desta comissão é a última novidade da resposta do Vaticano a um escândalo financeiro que abalou a instituição durante vários anos, por causa de um investimento imobiliário em Londres, no montante de 350 milhões de euros.

Os procuradores do Vaticano acusaram 10 pessoas, incluindo um cardeal, de defraudarem a Santa Sé em dezenas de milhões de euros.

Francisco foi eleito com o mandato de reformar a burocracia do Vaticano, o que começa a ser visível.

Para os próximos dias e semanas, esperam-se mais nomeações papais para os serviços que resultaram da fusão de vários.

Entretanto, também hoje, o banco do Vaticano divulgou o seu relatório anual, que indicou um lucro de 18,1 milhões de euros, metade do registado em 2020 (36,4 milhões).

O Instituto para os Trabalhos Religiosos, assim se denomina a instituição financeira, avançou que o lucro saiu em linha com as expectativas baseadas em um novo modelo de negócios e uma carteira de participações mais conservadora em termos de risco.