O L’Osservatore Romano indicou que o encontro aconteceu na quarta-feira à margem da audiência geral semanal de Francisco. O jornal citou a freira Genevieve Jeanningros e o padre Andrea Conocchia, dizendo que a conversa do papa deu esperança aos seus convidados.
A comunidade da Santíssima Virgem Imaculada no bairro de Torvaianica, nos arredores de Roma, abriu as suas portas para as pessoas transgénero durante a pandemia de covid-19.
O líder da Igreja Católica já se tinha encontrado com alguns grupos da comunidade LGBTQ em 27 de abril, 22 de junho e 03 de agosto, lembrou o jornal.
“Ninguém deve enfrentar injustiça ou deitado fora, todos têm dignidade de ser filho de Deus”, disse ao jornal Genevieve Jeanningros.
Francisco tem recebido elogios pela sua abertura a membros da comunidade LGBTQ durante o seu pontificado, mas opôs-se fortemente à “teoria de género” e não mudou o ensino da Igreja que sustenta que atos homossexuais são “intrinsecamente desordenados”.
Em 2021, o sumo pontífice permitiu a publicação de um documento do Vaticano que afirmava que a Igreja Católica não pode abençoar uniões de pessoas do mesmo sexo, pois “Deus não pode abençoar o pecado”.
Recentemente, Francisco escreveu uma carta a elogiar a iniciativa de um ministério jesuíta para católicos LGBTQ, chamado Outreach. O recurso ‘online’ é administrado pelo padre James Martin, autor de “Building a Bridge”, um livro sobre a necessidade de a igreja acolher e ministrar melhor aos católicos LGBTQ.
O líder religioso elogiou um evento do Outreach na Fordham University de Nova Iorque, e encorajou os organizadores “a continuar a trabalhar na cultura do encontro, que encurta as distâncias e enriquece [as pessoas] com as diferenças, da mesma forma que Jesus, que se fez próximo de todos”.
O primeiro papa jesuíta falou do seu próprio ministério para homossexuais e transgéneros, insistindo que são “filhos de Deus, amados por Deus e merecedores do acompanhamento da Igreja”.
Comentários