“O problema humanitário é o mais doloroso. Há tantas pessoas que fogem ou que sofrem. É uma questão humanitária, que deve ser abordada. Creio que as Nações Unidas devem fazer-se ouvir para ajudar”, disse o pontífice.
“Acredito que a Santa Sé se pronunciou de forma forte e clara”, respondeu quando questionado sobre os obstáculos aos esforços para facilitar o diálogo entre o governo de Nicolas Maduro e a oposição.
“O que pensa Maduro, deve dizê-lo. Eu não sei o que ele tem em mente”, acrescentou.
“A Santa Sé fez muito (…). Eu expressei-me muitas vezes, tanto em privado como durante o angelus, na busca de uma saída, oferecendo ajuda. Parece que a situação é muito difícil”, disse o Papa Francisco.
A crise na Venezuela foi numa das principais preocupações manifestadas pelo papa durante a sua viagem à Colômbia, onde apelou para o diálogo e o fim da violência no país vizinho.
No final desta visita, Francisco agradeceu ao Exército de Libertação Nacional (ENL), o último grupo de guerrilha na Colômbia a assinar um cessar-fogo, o que aconteceu na véspera de sua chegada.
“A guerrilha, os paramilitares, os que lidam com a droga… A corrupção tem causado graves pecados que geram o ódio. Mas há passos que nos dão esperança, e o último foi o cessar-fogo do ENL, a quem agradeço”, disse o papa.
O Pontífice de origem argentina não parece afetado pelo hematoma que fez no domingo em Cartagena, quando bateu contra a parede de vidro do seu papamóvel, quando o veículo travou de repente por causa da multidão.
O papa também elogiou a atitude da multidão que acudiu a todos os seus compromissos, dizendo que foi “tocado pela alegria, a ternura, a juventude, a nobreza do povo colombiano, que não tem medo de se expressar”.
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