Perante quase 20.000 fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, o pontífice quis enviar uma saudação aos voluntários da organização não-governamental Emergency, no sul de Roma, “comprometida com a aplicação do artigo 11 da Constituição italiana”.

De seguida leu o artigo na íntegra: “A Itália repudia a guerra como instrumento de ofensa à liberdade de outros povos e como meio de resolução de disputas internacionais; consente, em igualdade de condições com os outros Estados, nas limitações de soberania necessárias para uma ordem que garanta a paz e a justiça entre as nações; promova e incentive as organizações internacionais direcionadas para esse fim”.

“Que este princípio seja aplicado em todo o mundo, que a guerra seja banida, que os problemas sejam enfrentados com a lei e a negociação, que as armas sejam silenciadas e que seja dado espaço ao diálogo. Rezemos pela atormentada Ucrânia, Palestina, Israel, Myanmar, Sudão do Sul”, apelou o Papa Francisco.

Este é mais um dos numerosos apelos feitos por Francisco a favor da paz, que hoje, numa mensagem por ocasião do centenário da criação da Administração Apostólica da Estónia, afirmou que a guerra na Ucrânia recorda “os momentos mais obscuros” da história da Europa.

“Espero que, à medida que os católicos estónios procuram construir uma sociedade enraizada na paz, na justiça, na solidariedade e na dignidade de cada pessoa humana, cooperem cada vez mais com homens e mulheres de outras confissões cristãs para dar testemunho unido das promessas de Deus”, escreveu na mensagem dirigida a monsenhor Philippe Jourdan, bispo de Tallinn.

Para Francisco, “isto é particularmente importante no contexto da atual guerra na Europa”, que diz ser “uma fonte de profunda ansiedade e ecoa tragicamente os momentos mais sombrios dos anos passados”.

O pontífice também pediu que “os cristãos estónios, juntamente com todas as pessoas de boa vontade, estendam a mão da amizade aos refugiados e aos mais vulneráveis”.