“Convido-vos a juntarem-se à minha oração pelos migrantes que estão nos centros de detenção na Líbia, cuja situação já de si grave é agora ainda mais perigosa devido ao conflito”, disse durante a oração de Regina Coeli, que substitui o Angelus durante o período pascal.
Francisco defendeu que os migrantes mais vulneráveis sejam levados para países seguros.
“Apelo para que especialmente as mulheres, as crianças e os doentes possam ser retirados o mais depressa possível, através de corredores humanitários”, adiantou o papa.
O conflito em Tripoli eclodiu no passado 04 de abril, com o início da ofensiva do Exército Nacional Líbio do marechal Khalifa Haftar para conquistar a cidade capital da Líbia.
Haftar, homem forte do leste líbio, quer ocupar a cidade sede do Governo de Acordo Nacional, dirigido por Fayez al-Serraj.
Desde o início dos combates, pelo menos 270 pessoas morreram e cerca de 1.200 ficaram feridas.
Na sexta-feira, a organização humanitária Médicos sem Fronteiras (MSF) denunciou a comunidade internacional pelo abandono de “milhares” de migrantes retidos nas zonas de conflito no sul de Tripoli.
Em comunicado, a organização não-governamental deu como exemplo o ataque da semana passada ao centro de detenção de Qasr bin Gashir, a sul de Tripoli, onde estavam cerca de 700 homens, mulheres e crianças.
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