O empréstimo, que acontece no meio de uma possível crise de liquidez devido ao défice comercial e deficiência monetária, vai ser feito a três anos, revelou o conselheiro do primeiro-ministro para os assuntos económicos, Abdul Hafeez Shaikh, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
O chefe da missão do FMI, Ernesto Ramírez Rigo, disse, em comunicado, que as “autoridades paquistanesas e a equipa do FMI conseguiram um acordo técnico para as políticas económicas que poderia ser apoiado através de um serviço alargado do fundo a 39 meses, com seis mil milhões de dólares (cerca de 5,34 milhões de euros)”.
O objetivo do programa é apoiar as autoridades do país a conseguir um “crescimento mais equilibrado, reduzindo os desequilíbrios internos e externos”, que terá ainda de ser aprovado pelo Conselho Executivo do FMI.
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, anunciou a sua intenção de pedir assistência financeira ao FMI pouco depois de chegar ao poder, em julho do ano passado.
O país asiático teve um défice comercial de 17.990 milhões de dólares (cerca de 16 milhões de euros) em 2017/2018, valor que se situou em 12.400 milhões de dólares (cerca de 11 milhões de euros) em 2016/2017 e de 4.900 milhões de dólares (4.360 milhões de euros) no ano anterior, de acordo com dados do gabinete de estatística do Paquistão.
Este será o terceiro programa de resgate financeiro que o FMI faz neste país, sendo que a situação é uma repetição do que aconteceu nas anteriores eleições de 2013, quando, dois meses depois da tomada de posse do então governo, o FMI anunciava um pacote de ajudas no valor de 5.300 milhões de dólares (4.716 milhões de euros) para incentivar a economia.
O Paquistão conseguiu terminar de pagar essa dívida em outubro do ano passado, a primeira vez em que o país reembolsou na totalidade um empréstimo ao FMI.
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