"Para nós, quem trabalha a vida inteira e quem poupa - tantas vezes com esforço - e, no fim da sua vida, tem 50 mil euros na conta bancária não é rico nem é suspeito de cometer fraude fiscal", afirmou Assunção Cristas, que falava durante a sua intervenção na ‘rentrée' do partido, em Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro.

A líder do CDS-PP mostrou-se contra a Autoridade Tributária "espiolhar as contas bancárias de todos aqueles que tenham mais de 50 mil euros".

Assunção Cristas reagia ao diploma aprovado na quinta-feira pelo Conselho de Ministros, que obriga os bancos a informar a Autoridade Tributária sobre contas com saldo superior a 50 mil euros.

Num discurso fortemente marcado por críticas ao Governo, a presidente centrista frisou que o seu partido fará "oposição firme" e "consistente" para destruir um executivo "das esquerdas unidas radicais", ao mesmo tempo que estará empenhado em "fazer política pela positiva".

Dirigindo-se a uma plateia repleta de militantes vindos de todo o país, Cristas prometeu um partido que, para cada matéria que criticar, vai dizer "qual a solução".