Aprumados e com grande rigor, os três ramos das Forças Armadas, a Guarda Nacional, a Polícia de Intervenção Rápida, a Polícia de Trânsito, o Serviço de Fronteira, o corpo dos bombeiros e, por último, o grupo de operações especiais Búfalo, foram aplaudidos incessantemente pela população à medida que davam a volta ao estádio nacional.

Na primeira volta ao estádio, as forças de defesa e segurança marcharam ao som da banda das Forças Armadas de uma forma mais formal.

Já a segunda volta foi aproveitada pelos militares e polícias para cantarem para a tribuna, onde estavam os membros do Governo e o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, canções com algum humor, para reivindicarem melhores condições de vida, e de memória coletiva.

“Irmãos combatentes acabaram, empenharam a vida para a justiça e paz, debaixo da chuva, bruma e o sol. Empenharam a vida para a estabilidade da Guiné e nós juramos continuar essa luta”, cantou o corpo de mulheres do Exército.

Já os fuzileiros, fizeram questão de lembrar que são os donos do mar e que na terra mandam os governos.

Ao Presidente Sissoco Embaló e a Biagué Na Ntan, chefe das Forças Armadas, alguns pediram para “olharem também para a barriga dos militares”, numa alusão aos baixos salários.

Sem grandes desconfianças, os Búfalo limitaram-se a imitar o som que o animal faz, numa demonstração de força.

A parada militar encerrou a cerimónia de celebração do 47.º aniversário da independência Guiné-Bissau, proclamada em 1973 nas matas de Boé pelo antigo Presidente João Bernardo “Nino” Vieira.

A cerimónia incluiu a condecoração a título póstumo de João Bernardo “Nino” Vieira e de outros chefes de Estado guineenses.

Um dos condecorados foi o antigo Presidente José Mário Vaz, que também foi bastante aplaudido pela população.

Depois da cerimónia no estádio nacional, Umaro Sissoco Embaló inaugurou com os chefes de Estado senegalês, Macky Sall, e nigeriano, Muhammadu Buhari, duas avenidas Bissau batizadas com o nome dos seus homólogos.

O Presidente guineense vai ainda hoje, juntamente com os seus homólogos do Senegal, Mauritânia e Burkina Faso depositar uma coroa de flores na Amura, onde está o Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau e a sepultura de Amílcar Cabral, pai da independência da Guiné-Bissau.