“A nossa atenção deve continuar a centrar-se em garantir que os reféns raptados sejam libertados incondicionalmente, que a ajuda humanitária chegue aos necessitados, que os civis não sejam visados, que os corredores de segurança sejam mantidos e que continuemos a colaborar com os representantes legítimos do povo palestiniano e com os intervenientes regionais para evitar uma escalada das tensões na região e nas zonas vizinhas”, sublinhou Metsola, na abertura da sessão plenária do PE, que hoje tem início em Estrasburgo, França.

A propósito da sua visita a Israel, na semana passada, a líder do PE referiu ter sido “uma das coisas mais duras” que fez no exercício do seu mandato, salientando que nunca esquecerá o horror que testemunhou após ter visto “as profundezas incompreensíveis e indesculpáveis em que o homem se afundou”.

“Temos de continuar a procurar algumas soluções para as consequências da crise humanitária em Gaza, em linha com as nossas obrigações e a lei internacional”, referiu também.

O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel tem vindo a bombardear várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.

Israel subiu hoje para 199 o número de pessoas capturadas pelo grupo islamita Hamas durante o ataque de 07 de outubro, mais 44 do que o balanço anterior.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está “em guerra” com o Hamas. Telavive tem vindo a reunir tropas junto ao território da Faixa de Gaza, em preparação para uma provável ofensiva contra o Hamas.

Segundo os relatos das agências internacionais, os palestinianos da Faixa de Gaza aglomeraram-se hoje em hospitais e escolas, à procura de abrigo e com pouca comida e água.

Mais de um milhão de pessoas terá fugido até ao momento das respetivas casas antes de uma esperada ofensiva terrestre israelita naquele enclave controlado pelo Hamas desde 2007.