Esta quarta-feira, deu-se início ao debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2025, na Assembleia da República.
Segundo o Regimento da Assembleia da República, o debate inicia-se e encerra-se com uma intervenção do Governo, seguindo-se os pedidos de esclarecimento de todas as bancadas.
Ao todo, estão previstas onze horas de debate, divididas em dois dias.
A abrir o debate, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, começou por referir que a proposta apresentada tem como objetivo "recuperar, reformar e relançar Portugal" e que o documento "resulta de um 'longo processo'".
"A proposta que apresentámos ao maior partido da oposição é um compromisso até ao limite do razoável, aquele limite a partir do qual se desvirtuaria o programa do Governo", acrescentou, lembrando que "o povo não perceberia que o Governo tivesse de governar com um Orçamento que não fosse o seu".
"Este orçamento, ao refletir um esforço de compromisso, não é a nossa proposta inicial, mas marca uma mudança de direção política em Portugal”, afirmou Luís Montenegro.
O primeiro-ministro afirmou que o foco deste Governo “é fazer e não durar” e questionou “para que serviam as contas certas” nos anteriores executivos do PS, contrapondo que hoje “há vida para além do excedente orçamental”.
Luís Montenegro afirmou que, quando iniciou funções, em abril deste ano, “o Estado estava debilitado na capacidade de garantir o contrato social com os portugueses”.
“De que serviam as contas certas se, apesar de os portugueses estarem asfixiados em impostos, o Estado engordava e os serviços públicos definhavam? Para que serviam as contas certas?”, questionou.
De seguida, deu a resposta, considerando que “é talvez a maior das diferenças” do atual Governo, sem se referir diretamente aos executivos anteriores do PS: “Há vida e objetivos para lá do excedente orçamental”.
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