Num artigo publicado na ‘newsletter’ do PSD, intitulado “A Falsa Alternativa”, Passos Coelho retoma os argumentos utilizados nos últimos debates no parlamento, mas recorda que a austeridade se mantém e sublinha que, se o PSD continuasse no executivo, o crescimento seria mais elevado.
“Se a estratégia defendida pelo Governo anterior tivesse prosseguido, a recuperação económica e do emprego seria sensivelmente mais forte, porque mais forte seria também a recuperação do investimento”, argumenta.
O líder social-democrata alega que “a austeridade pode hoje ter uma feição diferente”, mas “ainda há muita austeridade disfarçada”, porque o país já não tem “a pressão da 'Troika' e dos mercados” de há uns anos.
“Mas não é ao Partido Socialista, nem ao Bloco de Esquerda ou ao Partido Comunista Português que devemos agradecer a liberdade de escolha que hoje temos. Os partidos da atual maioria, quando foi difícil trabalhar para livrar Portugal do resgate, defendiam políticas que nos teriam colocado na situação de incumprimento, como aconteceu com a Grécia”.
Passos lembra que “na Grécia, infelizmente, continua a não haver alternativa à austeridade e parece que a União Europeia mudou pouco a sua exigência de cumprimento do programa – o terceiro já – de assistência, permanecendo o Syriza no governo muito contrariado, a pedir flexibilidade às instituições europeias e ao FMI, mas a executar políticas de aperto orçamental que incluem cortes importantes de rendimentos”.
O presidente do PSD contesta também os números do executivo de António Costa relativamente ao emprego, indicando que “a população empregada cresceu cerca de 176 mil entre 2014 e 2016, mas destes quase 120 mil referem-se a 2014 e 2015”.
“O mesmo com o desemprego: a população desempregada reduziu-se em cerca de 282 mil no mesmo período, mas só entre 2014 e 2015 reduziu-se quase em 209 mil”, salienta.
Para Passos Coelho, “os socialistas trouxeram, assim, um ano em que, em vez de acelerar a recuperação económica, atrasaram-na”.
“E, em vez de colherem bons frutos pela estratégia que seguiram, beneficiam sobretudo da herança económica que receberam do Governo anterior”, conclui.
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