De acordo com Pedro Passos Coelho, mesmo depois de, na altura, o Tribunal de Contas ter inviabilizado o contrato, António Costa "entendeu não lançar nenhum novo concurso" e os termos em que aquela Parceria Público Privada foi adjudicada "são os termos que constam da sua assinatura".
"o primeiro-ministro, sabendo que o sistema que tem a cara dele está a falhar, quer minimizar os problemas de funcionamento do SIRESP", apontou, durante o discurso de quase uma hora que proferiu durante a festa do Pontal, em Quarteira, que marca a "rentrée" política do PSD.
Referindo-se ao facto de o primeiro-ministro ter responsabilizado a PT pelas falhas ocorridas no Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) durante o incêndio de Pedrógão Grande, Passos Coelho sugeriu que a preocupação de António Costa está mais relacionada com a Altice, a empresa que agora detém a PT.
"Pergunto-me se a preocupação do primeiro ministro é com o SIRESP ou se é com a intenção que a Altice demonstrou de intervir como investidor com mais relevo na economia nacional e não tenha ido primeiro à beija mão do Governo e do primeiro ministro, merecendo, por isso, críticas frontais de um chefe de Governo a uma empresa privada em Portugal", lançou.
O líder do PSD disse ainda que esta não é a altura de falar em responsabilização política, no que respeita aos incêndios, o que não significa "que tenha que valer a rolha", como o governo "quis impor".
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