Num colóquio sobre Cultura e Património, organizado pelo grupo parlamentar do PSD na Assembleia da República, Passos Coelho disse que se vive na área da cultura, como noutras, "uma ideia de artificialismo".
"De que temos muito mais dinheiro quando não temos, de que se dá muito mais importância quando não dá. Esse artificialismo vive de tentativas de ocultação e rescrição da história e muitas vezes de mentiras, quando não de falta de vergonha", afirmou.
Dizendo que a verba destinada atualmente no Orçamento do Estado à Cultura "é hoje não maior mas até ligeiramente menor" do que nos executivos que chefiou, Passos Coelho contestou igualmente que seja dada pelo Governo PS uma maior importância política à Cultura por ter criado um Ministério próprio.
A este propósito, o líder do PSD lembrou que no segundo executivo que chefiou em coligação com o CDS-PP - mas que duraria menos de um mês, derrubado no parlamento pelo 'chumbo' do seu programa de Governo - também criou um Ministério para a Cultura, liderado por Teresa Morais, que também assistiu ao colóquio.
"Hoje que existe um Ministério da Cultura ele despareceu, não se sabe o que é feito dele em termos de importância política", acusou.
Reconhecendo que "há muitos anos" que não é atribuída à área da Cultura tanto dinheiro "quanto seria necessário", Passos Coelho disse orgulhar-se das políticas que desenvolveu nesta área.
"O que se fez e investiu em diversos domínios na área da cultura deixa-nos tranquilos por saber que não falhámos naquilo que era essencial", defendeu.
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