“As nossas terras podem hoje ter soluções de captação de investimento valorizando os nossos recursos próprios, explorando o que temos de bom. Antigamente, ninguém dava nada por isso, mas hoje valoriza-se isso”, referiu.
Na sua intervenção num almoço autárquico do PSD de Resende, Passos Coelho sublinhou que apesar de o país ter ganho centros de saúde, escolas e estradas nos últimos 40 anos, há “uma hemorragia de gente” nas terras.
“As pessoas só ficam nos sítios onde têm emprego. Gostamos muito da nossa terra, mas se não tivermos lá emprego, temos de ir à procura dele”, alertou.
Ao longo do seu discurso, o presidente do PSD destacou a importância do Douro para o concelho de Resende, localizado no norte do distrito de Viseu.
“Cada vez mais o Douro atrai interesse e é preciso trazer uma parte desse interesse para aqui também. Saber fazer o desenvolvimento desta terra com os municípios à volta”, disse.
No seu entender, é necessário atrair os turistas, para que gastem uma parte nestes territórios, onde podem “ver coisas bonitas” e que “estão bem conservadas”.
“Há uma indústria à volta do turismo muito importante”, acrescentou.
Para o ex-primeiro-ministro, estes territórios têm um conjunto de oportunidades para poderem crescer, desde que tenham pessoas competentes e bem preparadas na sua liderança.
“Há certos autarcas que não se deviam ter metido nisto e deviam ter dado a vez a outros. E há outros que são muito bem preparados e que quando fazem o seu trabalho bem feito podem dar esse talento e competência ao serviço desses territórios”, concluiu.
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