Em entrevista à rádio Renascença, António Saraiva pediu em véspera da reunião de Concertação Social que o Governo crie legislação que obrigue os trabalhadores a serem testados à Covid-19.
Segundo o presidente da Confederação Empresarial de Portugal, já há empresas com problemas internos em mãos porque há trabalhadores que se recusam a coexistir com colegas não vacinados.
Saraiva pede ao Governo que torne os testes obrigatórios e que sejam pagos pelos próprios trabalhadores não vacinados. “Enquanto não vier a ser obrigatória a vacinação em termos legais então, pelo menos, que os trabalhadores sejam obrigados à testagem periódica e a seu cargo”, pediu Saraiva.
O líder dos empresários diz também que esta tem de ser “uma diretiva emanada do Governo, porque sendo dada às pessoas a liberdade de não serem vacinadas, não se lhes pode dar a liberdade de, com esse seu ato, aumentarem a probabilidade de infetarem uma comunidade empresarial, seja ela qual for”.
O pedido de Saraiva vem na sequência das notícias de que a Itália é o primeiro país da Europa a exigir o "passe verde" a trabalhadores, ou seja, obrigando-os a exibir o seu "passaporte sanitário" no trabalho, com a medida a entrar em vigor a 15 de outubro.
Quem não apresentar o certificado ou levar uma falsificação enfrentará multas financeiras e até mesmo a suspensão temporária do emprego, embora isso não signifique que possa ser despedido, disse a ministra do Trabalho, Andrea Orlando.
“O objetivo é aumentar a segurança no local de trabalho”, acrescentou a ministra, citada pela agência espanhola Efe.
O certificado, válido por via digital ou papel, demonstra que a pessoa recebeu pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus SARS-Cov-2″, ou teve a doença covid-19, ou foi submetido a um teste de rastreio que deu negativo nas horas que antecedem a sua apresentação, período que foi alargado agora das 48 para as 72 horas.
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