Paulo Pedroso, antigo ministro do Trabalho e Solidariedade Social em 2001 (Governo de Guterres) e ex-porta-voz do PS, está na coordenação da campanha eleitoral de Ana Gomes à presidência da República. Ao Jornal de Notícias (JN), o ex-militante do PS diz que é "errado" um partido fundador da Constituição, como o PS, desvalorizar a função presidencial.
"Se o PS desvaloriza e não apela à mobilização dos cidadãos está a ver mal o equilíbrio de poder da Constituição", diz, apontando os "valores progressistas e as causas de Ana Gomes" como uma mais valia para a função presidencial, "longe do frenesim da presença quotidiana".
No dia da confirmação de Ana Gomes como futura candidata à Presidência da República, Paulo Pedroso escreveu na sua conta de Twitter "Temos candidata" e logo de seguida: "Não via o líder da extrema-direita tão nervoso como hoje há muito tempo" e que tinha razões para o estar.
Sobre Marcelo Rebelo de Sousa na presidência da República, Paulo Pedroso diz que é "amigo hoje para passar rasteira amanhã", considerando que o Presidente foi "completamente errante" no primeiro mandato e "não colocou, desde o primeiro dia, a questão da estabilidade de médio/longo prazo" do Governo.
Fala de uma relação com o Governo "aos solavancos": "Uns dias foi hiper crítico, outros dias hiper defensivo", lembrou Paulo Pedroso, dizendo que a presidência da República exige "uma função mais reguladora e mais distante", que seja "um eixo de poder moderador de qualquer governo e não apenas deste". Critica atual presidência dizendo que o "professor Marcelo fez um estilo de presidência com muita selfie, muitos sorrisos e menos substância".
Quanto à relação do Presidente da República com António Costa, primeiro-ministro, Pedroso diz que é feita "aos empurrões": "Passa de uma posição de grande proximidade hoje para grande distância amanhã".
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