Num almoço-convívio em Alpiarça, no distrito de Santarém, Paulo Raimundo acusou o PS de ter uma maioria absoluta que recusa dar respostas aos problemas “concretos dos trabalhadores e do povo português, e de ter rejeitado as propostas do PCP para a região de Santarém, como a construção do troço do IC3, a melhoria dos transportes públicos ferroviários e a requalificação das instalações do comando distrital de Santarém da PSP”.
“Há um ano identificámos vários problemas que era urgente enfrentar aqui mesmo na região. Apresentámos várias propostas para o Orçamento do Estado e a todas e a cada uma delas o PS disse não”, acusou.
O secretário-geral do PCP afirmou que as eleições são uma oportunidade para reforçar o PCP e a CDU e manifestou a sua confiança na eleição de mais deputados.
“Vamos crescer, vamos ter mais votos, vamos ter mais deputados”, referiu.
O líder comunista disse que a CDU vai crescer contra a vontade das sondagens, “que falharam na Madeira, onde a CDU teve mais votos e mais percentagem”, e contra a vontade dos que não querem “discutir o conteúdo, as propostas e as soluções”.
Num pavilhão lotado para assistir à intervenção do secretário-geral do PCP, Raimundo denunciou a “grave situação social” que afeta os trabalhadores e o povo português, bem como os problemas específicos da região de Santarém, como “a falta de apoio aos agricultores, a falta de profissionais de saúde e os atrasos no setor ferroviário”.
Paulo Raimundo defendeu que votar na direita representa “andar para trás”, que o voto no PS “é uma ilusão” e que o voto “certo, útil e necessário é o voto na CDU”.
“É preciso dar votos aos representantes da CDU que farão a diferença ao serviço dos trabalhadores, ao contrário de outros que mais não são que emissários dos interesses da banca e dos grupos económicos”, acrescentou.
O secretário-geral do PCP disse ainda que o voto do trabalhador vale tanto como o dos donos da GALP, Pingo Doce, CTT, mas pode valer ainda mais “se não for colocado no mesmo saco dos que se acham os donos disto tudo”.
Paulo Raimundo terminou o seu discurso com uma mensagem de solidariedade para com o povo palestiniano e exigiu o cessar-fogo, o fim da guerra, o cumprimento das resoluções das Nações Unidas e a concretização do Estado palestiniano.
“O PCP está ao lado da Palestina que vencerá, assim como estão milhões e milhões por todo o mundo, incluindo em Israel”, concluiu.
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