“O acervo desta Comissão tem um conjunto de documentos que confirmam uma antiga denúncia do PCP sobre o pagamento de consultorias pela TAP. Só a duas consultoras (Seabury e BCG) desde 2015, foram pagos 40 milhões de euros – quatro vezes mais do que o valor pelo qual a TAP foi vendida à Atlantic Gateway em 2015”, lê-se num requerimento entregue pelo grupo parlamentar comunista e anunciado pelo deputado Bruno Dias, na comissão de inquérito à companhia aérea.

O PCP considera que “as dúvidas sobre o recurso a consultoria pela TAP adensam-se” e é, assim, “necessário que se clarifique se o beneficiário destes serviços foi efetivamente a TAP e que serviços foram estes”.

Desta forma, o grupo parlamentar pediu à TAP e ao Ministério das Finanças toda a documentação relativa a faturas que tenham eventualmente sido remetidas à companhia aérea pelo ex-acionista David Neeleman ou pelas suas empresas (incluindo DGN), ou pela Atlantic Gateway, referentes a serviços de assessoria prestados a David Neeleman ou suas empresas.

Adicionalmente, o PCP pediu também “toda a documentação de pagamentos efetuados pela TAP a consultores externos, ou outras entidades, relativas ao processo de aquisição da TAP e de negociação dos contratos com a Airbus desde 2014 até ao presente”.