“A grande diferença entre a posição do PCP sobre as pensões e a posição do PSD não é da data do aumento das pensões, é que se o Governo PSD estivesse em funções, tal como tinha no seu próprio programa, aquilo que se estaria a discutir hoje não era um aumento das pensões, era um corte de 600 milhões”, disse Vasco Cardoso da Comissão Política comunista, em resposta a questões dos jornalistas na sede nacional do partido, em Lisboa.
O líder do PSD, Pedro Passo Coelho, sugeriu no domingo à noite que a atribuição, em agosto, das pensões com os valores já atualizados está relacionada com motivos eleitoralistas.
“O Governo entendeu este ano fazer um aumento extraordinário das pensões e o ano, que começou em janeiro, só pôde ter aumento extraordinário das pensões em agosto, justamente a um mês da campanha eleitoral para as eleições autárquicas", declarou Passos Coelho.
O líder do PSD, que discursava durante a festa do Pontal, em Quarteira, no Algarve, que marcou a rentrée do partido, questionou ainda, num cenário em que fosse "qualquer outro Governo" a ter a "audácia" de anunciar um aumento extraordinário das pensões a um mês da campanha, "o que estaria a dizer-se pela comunicação social" e que "acusações não se estariam a lançar".
O aumento extraordinário das pensões, previsto no Orçamento do Estado para 2017, chegou este mês para os pensionistas com um montante global de pensões de valor igual ou inferior a 631,98 euros.
O PCP lembrou sempre se bateu pelo aumento extraordinário das pensões e para que esse aumento fosse concretizado em 01 de janeiro de 2017.
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