O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e a dirigente do PEV Heloísa Apolónia estiveram hoje reunidos na sede dos ecologistas, em Lisboa, e teve como objetivo fazer uma avaliação da situação política nacional.
Os dois partidos concorrem a eleições juntos na Coligação Democrática Unitária (CDU), que este ano ainda vai a votos mais duas vezes.
"Estamos prontos para as duas batalhas, tanto para a Assembleia Legislativa da Madeira como para a Assembleia da República", afirmou Jerónimo de Sousa à agencia Lusa, valorizando "o papel que as forças da CDU - PCP e o PEV, tiveram nos avanços alcançados em termos de reposição de direitos e de rendimentos".
Na ótica do líder, foi "uma contribuição insubstituível e inestimável que levou a que o Partido Socialista tivesse até acompanhado coisas que não estavam nem no seu programa, nem no programa do Governo, nem nos seus objetivos".
"E houve aqui um papel muito meritório e valioso da CDU, e é com esses instrumentos que vamos partir para esta batalha das eleições legislativas, com confiança, com determinação de que é possível reforçar a CDU e conseguir que esse reforço sirva os interesses dos trabalhadores e do povo", declarou.
O objetivo dos dois partidos é saírem destas eleições com a sua posição reforçada e, para tal, vão desenvolver "uma campanha dinâmica, uma campanha de massas", na qual vão procurar "dizer aos portugueses a importância que tem usarem o seu voto".
"Vamos com certeza dar combate à abstenção, procurando que mais portugueses votem e que votem na CDU", declarou o comunista.
Para tal, o programa que a coligação vai apresentar às legislativas de 6 de outubro inclui "um conjunto de propostas que respondem a grandes problemas nacionais", medidas que "vida demonstrará serem, de facto, necessárias" para um país melhor.
"Há aqui uma contradição, que é o facto de nós conseguirmos avanços significativos no plano económico e no plano social, mas continuam por resolver os estrangulamentos que existem", salientou Jerónimo de Sousa.
Também Heloísa Apolónia reforçou que este é um período de preparação para os futuros atos eleitorais e destacou que foram conseguidos "alguns objetivos positivos" e "foram tomadas medidas positivas para a promoção da qualidade de vida das pessoas".
"Muito foi conseguido, mas muito mais poderia ter sido conseguido", vincou, notando ser importante "que as pessoas tenham consciência que aquilo que foi conseguido não teria sido atingido com um PS sozinho e que as forças que integram a CDU, quer Os Verdes, querem o PCP, foram fulcrais, fundamentais para que essas conquistas tivessem sido atingidas".
Os Verdes, continuou, optaram também por "puxar mais pelo PS para algumas questões que não foram atingidas, porque o PS, infelizmente, não se conseguiu, nesta legislatura, descartar da obsessão do défice para fazer bonito para Bruxelas", travando, por isso, "questões fundamentais" para o "desenvolvimento do país".
"Apresentamo-nos ao eleitorado com a determinação de quem fez o seu dever e de quem pode puxar muito mais, em função da correlação de forças que existem e existirão na Assembleia da República numa próxima legislatura", assinalou a deputada.
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