“O que nós vamos assistindo é a uma direita tradicional a assumir as bandeiras da extrema-direita, como aliás já hoje se verifica em Portugal”, disse Pedro Nuno Santos, em Portimão, no Algarve.
Durante a sua intervenção na sessão de abertura da reunião anual do Partido Socialista Europeu no Comité das Regiões, que decorre naquela cidade algarvia, o líder socialista disse que essa aproximação “ficou clara desde logo no discurso de tomada de posse do primeiro-ministro português”, Luís Montenegro.
Para Pedro Nuno Santos, "existem mais semelhanças entre os partidos da direita tradicional, a chamada direita clássica, e os da extrema-direita, do que aquilo que se vai ouvindo”.
“A direita tradicional, quando precisa de governar, não hesita em aliar-se à extrema-direita e nós temos assistido nos últimos anos a um avanço da extrema-direita na Europa”, apontou.
Segundo o secretário-geral do PS, “as semelhanças entre direita e extrema-direita” são visíveis em toda a Europa, “onde governam juntos, onde a direita tradicional sentiu necessidade de se aliar para governar”.
“Ou governam com a extrema-direita ou assumem as suas bandeiras. Não governam com a extrema-direita, mas assumem parte da sua agenda”, notou.
Pedro Nuno Santos alertou para a importância de os socialistas manterem “a sua ideologia e combater as novas alianças” para responder aos problemas das pessoas e manter a democracia e o Estado democrático.
“Há ideologia, há politica diferente e os socialistas vão mostrando ao longo dos anos que nos distinguimos de forma séria daquilo que é o trabalho que a direita vai fazendo”, concluiu.
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