“Este é um tema importante das sociedades contemporâneas, da portuguesa também, e o Partido Socialista também tem que ser muito claro sobre o tema e foi aquilo que eu procurei ser, não vai haver nenhum recuo naquilo que eu disse e, portanto, continuaremos este caminho”, disse Pedro Nuno Santos.
O secretário-geral do PS falava aos jornalistas à margem de uma visita ao projeto RAIZ, do Instituto de Investigação da Floresta e do Papel, em Aveiro.
Questionado sobre o incómodo causado pelas suas declarações sobre a imigração no aparelho socialista, Pedro Nuno Santos referiu que o PS “é um partido muito grande, com opiniões diferentes e isso faz parte da sua vitalidade”.
“Aquilo que disse enquanto secretário-geral do PS não foi nem mais, nem menos, do que aquilo que eu queria dizer, e por isso as alterações que nós apresentarmos não serão um regresso à manifestação de interesse”, acrescentou.
Referiu ainda que não foi longe de mais nas suas declarações, defendendo que os socialistas têm de ter capacidade de olhar para o que fizeram no passado e identificar aquilo que correu bem e aquilo que correu mal, para recuperar a confiança dos portugueses.
“A imigração é importante para o país, é importante para a nossa economia. Agora, o país tem que ter capacidade e condições para receber quem vem para cá trabalhar e é muito importante nós preservarmos a coesão social e nacional e é por isso que este é um tema que deve ser tratado bem e da forma como estávamos a tratar”, afirmou.
O líder socialista negou ainda que tenha feito estas declarações a pensar nas eleições autárquicas, como sugeriu na segunda-feira João Costa, ex-ministro da Educação de António Costa.
“Nós vamos fazendo o nosso trabalho dentro daquilo que achamos que deve ser feito e há um trabalho permanente de olhar também para a frente, mas olhar também para aquilo que nós fizemos, aquilo que correu bem, aquilo que correu menos bem, aquilo que deve ser alterado. E isso faz parte do trabalho de avaliação que um partido maduro como aquele que eu lidero tem que ter sobre os temas”, afirmou.
Criado em 1996 pela The Navigator Company, em parceria com a Universidade de Aveiro, Universidade de Coimbra e Universidade de Lisboa, através do Instituto Superior de Agronomia, o RAIZ é uma iniciativa pioneira em Portugal que traduz o compromisso da Navigator com a inovação e a sustentabilidade.
Este centro de investigação desenvolve atividades de investigação, consultoria, serviços especializados e formação nos domínios da floresta, pasta, papel e biorrefinarias de base florestal.
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