"Deixem dar uma nota sobre a importância de termos um ambiente político sereno e distendido como aquele que temos, trazendo para este debate o senhor Presidente da República, pela importância que ele tem no sucesso também desta solução. Não tenham margem para dúvidas", afirmou Pedro Nuno Santos.
O socialista falava num debate promovido pela associação Fórum Manifesto, de Ana Drago, em que participou igualmente a eurodeputada e dirigente bloquista Marisa Matias, sobre "o ponto de situação da Geringonça", no auditório da Pousada da Juventude do Parque das Nações, em Lisboa.
A afirmação de Pedro Nuno Santos sobre o Presidente da República foi produzida numa parte do debate em que os oradores respondiam às perguntas de Daniel Oliveira, que colocou uma questão sobre o apoio popular do Governo apoiado no parlamento por BE, PCP e PEV.
O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, que se encontrava a título pessoal, defendeu que esse apoio popular existe e manifestou-se nas ruas na manifestação pela escola pública, apoiando a medida do Governo de rever os contratos de associação com os colégios privados.
Além do apoio popular, Pedro Nuno Santos sublinhou a existência de "um ambiente político distendido" e foi nesse contexto que falou de Marcelo Rebelo de Sousa, sem desenvolver mais a ideia de que o chefe de Estado tem contribuído para o sucesso da solução governativa.
"Nós temos hoje um ambiente político distendido, não temos um ambiente político de confronto, e isso não é mau, isso é bom", declarou.
As primeiras palavras de Pedro Nuno Santos ao iniciar a sua participação naquele debate foram para sublinhar a ausência do PCP: "Só temos uma falha neste palco, falta um grande partido da nossa democracia e que é fundamental e determinante nesta solução de governação, o PCP".
"O PEV também, mas o PCP pela sua dimensão. Esta solução não existe sem o PCP, ela nem sequer seria possível sem o PCP, queria dar esta nota", declarou.
Daniel Oliveira esclareceu, na sequência deste comentário, que os convites foram feitos de forma pessoal e não institucional e que duas pessoas do PCP foram convidadas mas que por "razões estritamente de agenda" não puderam vir.
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