"Não procuramos os nossos candidatos no mercado dos ‘vira-casacas', dos ‘troca-tintas', ou no mercado do estrelato político mediático", que podiam concorrer a qualquer outro município, salientou Pedro Ventura, 40 anos, membro da direção da organização regional de Lisboa (DORL) e da concelhia do PCP.
O autarca considerou que os candidatos da CDU estão "ligados à realidade" das localidades, com "um património de trabalho, honestidade e competência no poder local democrático, não para se servirem mas para servir as populações".
"O projeto e as propostas da CDU são diferenciáveis e, em muitos aspetos antagónicas das do PS, do PSD, do CDS e daqueles que, consoante o jeito que isso lhes dá, se afirmam independentes desses partidos", afirmou.
O único eleito da CDU nas anteriores autárquicas de 2013, que detém os pelouros do Licenciamento das Atividades Económicas e Mercados, no executivo presidido por Basílio Horta (PS), admitiu, no entanto, disponibilidade para viabilizar "todas as propostas, surjam elas de onde surgirem, que sejam favoráveis para as populações".
Além de Pedro Ventura, já anunciou a recandidatura o ex-social-democrata e atual vereador independente Marco Almeida, agora à frente de uma coligação PSD/CDS-PP.
O candidato da CDU fez um balanço das várias causas defendidas durante o atual mandato e advogou um concelho "que defenda a sua saúde como um bem público imprescindível, onde a educação seja acessível a todos, em que a solidariedade responda à emergência social".
O ordenamento do território, a valorização do património e da paisagem natural, o direito à habitação, a mobilidade e os transportes públicos e a melhoria das condições de acessibilidade são outras áreas que merecem a atenção de Pedro Ventura.
O candidato criticou os que "capitularam perante o Governo quando viabilizaram o financiamento municipal para a construção de centros de saúde e do futuro hospital de Sintra, substituindo a administração central".
A candidatura da CDU apresenta-se como alternativa aos que ficam satisfeitos por, "em vez de mais médicos de família, se aceitarem médicos que apenas vêm substituir saídas de outros médicos" ou que "permitem à Scotturb e à Vimeca decidir unilateralmente como cumprem, ou neste caso incumprem, as obrigações do serviço público de transportes pelo qual são subsidiadas".
A CDU apresentou, também, na Casa da Cultura de Mira Sintra, a recandidatura do deputado António Filipe para a Assembleia Municipal.
O atual líder da bancada comunista na Assembleia Municipal, de 54 anos, reside no concelho e reparte a atividade municipal com a de deputado à Assembleia da República.
A CDU apresentará em abril os candidatos às juntas de freguesia e os restantes elementos das listas para a câmara e assembleia municipais, que deverão ser reforçadas com a inclusão de independentes, adiantou Pedro Ventura.
Nas eleições de 2013, Basílio Horta – antigo dirigente do CDS-PP - venceu as eleições pelo PS, por uma diferença de cerca de 1.700 votos, à frente do independente Marco Almeida, também com quatro eleitos, do social-democrata Pedro Pinto, que conseguiu apenas dois eleitos, e de Pedro Ventura, eleito pela CDU.
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