Jorge Mendes, da Associação dos Comandos dos Bombeiros de Portugal, que está no Tribunal de Leiria para acompanhar e apoiar António Arnaut, disse desconhecer a existência de outros arguidos na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande com exceção do segundo comandante distrital de Operações de Socorro de Leiria, Mário Cerol.

O segundo comandante distrital de Operações de Socorro de Leiria foi constituído arguido na sequência de um inquérito ao incêndio de Pedrógão Grande, que deflagrou no dia 17 de junho, confirmou o próprio à agência Lusa durante a manhã de hoje.

Mário Cerol, que será o primeiro arguido deste inquérito, disse que foi ouvido na semana passada pelo Ministério Público.

"Não posso falar mais nada", referiu.

A notícia da constituição deste arguido foi hoje avançada pelo Diário de Leiria.

O incêndio que deflagrou em 17 de junho em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, atingindo vários concelhos vizinhos, esteve ativo uma semana e causou, segundo o balanço oficial, 64 mortos e mais de 200 feridos. Registou-se ainda o atropelamento mortal de uma mulher que fugia das chamas e, já em novembro, morreu uma outra mulher que estava internada com ferimentos graves.

O segundo comandante distrital acrescentou à Lusa que não está a ter apoio jurídico por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil.