Segundo James Jeffrey, enviado da administração Trump para a Síria, que falava perante a comissão de Relações Externas da Câmara de Representantes, em Washington, “o número deve ser superior a 100. Não sabemos onde eles estão”.
No âmbito da ofensiva lançada pela Turquia, contra os combatentes curdo-sírios, aliados de Washington e dos ocidentais na luta contra o EI, muitos países manifestaram a sua preocupação com o destino dos milhares de ‘jihadistas’ estrangeiros detidos em campos controlados pelas forças curdas.
“Quase todas as prisões que as Forças Democráticas da Síria [FDS] controlam estão ainda seguras”, indicou Jeffrey.
O responsável acrescentou que os EUA mantêm efetivos na Síria que, em conjunto com as FDS, estão a ajudar “da melhor maneira possível” a questão do controlo das prisões, que frisou ser “uma das prioridades”.
Na terça-feira, a Turquia indicou que não iria retomar a operação militar na Síria, dado as forças curdas se terem retirado das zonas fronteiriças.
O acordo com a Rússia prevê a retirada das YPG do resto da fronteira turca entre o rio Eufrates e a fronteira iraquiana no prazo de 150 horas a partir das 09:00 locais (10:00 em Lisboa) de hoje.
Ancara controlará a referida faixa entre Tal Abyad e Ras al-Ayn e o acordo não evoca qualquer data de retirada dos turcos.
No caso dos setores junto àquela faixa, após a retirada das forças das YPG (Unidades de Proteção Popular) – que deve ser “facilitada” pela polícia russa, incluindo em Minbej onde os russos e os sírios já estão -, vão circular patrulhas conjuntas turco-russas.
O acordo prevê também um esforço conjunto para facilitar o regresso de refugiados.
A Turquia, que acolhe 3,6 milhões de refugiados sírios, deu como uma das razões para a criação da zona de segurança visada pela ofensiva no norte sírio o regresso de cerca de dois milhões daqueles refugiados ao seu país.
A invasão turca do norte da Síria já provocou dezenas de mortos e milhares de deslocados e refugiados entre a população civil.
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