A sede da polícia de Paris comunicou esta noite o número de 77 detenções, que ocorreram na região de Ile-de-France, em França, situada nos arredores da capital, noticiou o diário Le Figaro, mas a BBC dá conta de 150 detidos numa última atualização.
De acordo com Le Figaro, houve uma tentativa de fuga de reclusos do estabelecimento prisional Fresnes, na mesma zona. Dezenas de homens encapuzados tentaram entrar na prisão, mas a tentativa foi repelida.
Em Nanterre, onde os confrontos foram mais violentos, “vários edifícios públicos e privados, incluindo escolas, sofreram danos significativos e inaceitáveis, por vezes irreparáveis”, afirmou a autarquia, apelando para o fim desta “espiral destrutiva”.
Os confrontos, que se espalharam por vários municípios em redor de Paris, tinha já levado à detenção de 31 pessoas, ferimentos ligeiros em 24 elementos das forças de segurança e cerca de 40 carros queimados, indicou o Ministério do Interior francês.
Os manifestantes atacaram vários veículos da polícia, esquadras e câmaras municipais, incendiaram uma escola primária e uma loja. A situação em Nanterre está fora de controlo, de acordo com Le Figaro, indicando que a polícia abandonou o local dos confrontos.
Os protestos começaram depois de um jovem de 17 anos ter sido baleado no peito num posto de controlo da polícia, após a interceção do seu veículo. O agente responsável, que se encontra detido, alegou numa primeira audiência que agiu “em legítima defesa”.
Depois da morte do adolescente, a polícia denunciou uma tentativa de atropelamento e fuga, embora um vídeo tenha desmentido esta versão.
O Governo enviou, entretanto, cerca de dois mil polícias para Nanterre.
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